quarta-feira, 13 de abril de 2011

ASCARIS LUMBRICOIDES


São helmintos cosmopolitas que parasitam o intestino delgado de humanos e suínos.Popularmente conhecido como lombriga ou bicha,são citados pela ampla distribuição geográfica e pelo alto índice de pessoaas infectadas,chegando a 1 bilhão de pessoas de acordo com  a OMS(1984).
Os vermes apresentam morfologia diferenciada de acordo com o sexo,possibilitando-os a copulação.Já os ovos têm como característica a grande resistência às condições adversas do ambiente e a possibilidade de serem férteis ou não.A larva forma-se dentro do ovo após passar por cinco fases de maturação que vão de L1 à L5,sendo L3 o estágio infectante.
Ao serem ingeridos,os ovos contendo L3 eclodem no intestino e suas larvas atravessam a parede intestinal,seguindo em direção ao fígado,coração e depois aos pulmões.Cerca de oito dias após a infecção,as larvas sofrem muda para L4,chegam aos alvéolos,mudam para L5 e seguem pelos brônquios e traquéia até a faringe,sendo deglutidas e fixando-se no intestino delgado ou sendo expelidas.Em 60 dias alcançam a maturidade sexual,fazem cópula,ovipostura e liberam ovos nas fezes do hospedeiro.
A transmissão ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a L3.O parasito não multiplicase  dentro do hospedeiro,consequentemente o acúmulo de vermes adultos no intestino é decorrente da exposição contínua a ovos infectados.


sexta-feira, 11 de março de 2011

TRICOMONÍASE: A DST não viral mais comum do mundo.


Trichomonas vaginalis é a única espécie patogênica da classe dos trichomonas. Ele habita o trato geniturinário do homem e da mulher, onde produz a infecção e não sobrevive fora do sistema urogenital. Contrariando o que ocorre na maioria dos protozoários, não há formação de cistos.
TRANSMISSÃO:                  
O T. vaginalis é transmitido através da relação sexual e pode sobreviver por mais de uma semana sob o prepúcio do homem sadio, após o coito com a mulher infectada. O homem é o vetor da doença; com a ejaculação, os tricomonas presentes na mucosa da uretra são levados à vagina pelo esperma. Atualmente, admite-se que a transmissão não sexual é rara. A tricomoníase neonatal em meninas é adquirida durante o parto.
SINTOMAS E SINAIS:
Mulher: A tricomoníase provoca uma vaginite que se caracteriza por um corrimento vaginal fluido abundante de cor amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido, mais frequentemente no período pós-menstrual. A vagina e a cérvice podem ser edematosas e eritematosas, com erosão e pontos hemorrágicos na parede cervical, conhecida como colpitis macularis ou cérvice com aspecto de morango. É mais sintomática durante a gravidez ou entre mulheres que tomam medicamento anticoncepcional oral.
Homem: A tricomoníase no homem é comumente assintomática ou apresenta-se como uma uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma leve sensação de prurido na uretra.
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO:
Na mulher é feito através do exame microscópico de secreção vaginal fresca ou do papanicolau. No homem, é feito tanto pelo exame microscópico do semem fresco, quanto pela análise do exsudado uretral, sedimento urinário e secreções prostáticas.
O Tratamento é feito através de derivados nitromidazólicos (metronidazol e tinidazol) e a prevenção pelo uso de preservativos. Deve-se também evitar contato íntimo com objetos contaminados. 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Giardíase

 
É uma infecção pelo protozoário Giardia lamblia que atinge, principalmente, a porção superior do intestino delgado. Apesar de suas pequenas dimensões, as giárdias chegam a forrar a mucosa duodenal e de outrs áreas, tal sua abundância nos casos sintomáticos.
Em consequência, pode haver perturbação da absorção de gorduras e vitaminas e o aparecimento de quadro diarréico, com esteatorréia, cólicas abdominais, evacuações frequentes e emagrecimento. Entretanto, na maioria dos casos, a infecção é assintomática. Não há invasão intestinal.
O reservatório desse agente etiológico corresponde ao homen e alguns animais domésticos ou selvagens. Seu modo de transmissão é fecal-oral. Direta, pela contaminação das mãos e consequente ingestão de cistos existentes em dejetos de pessoa infectada, ou indireta, por meio da ingestõ de água ou alimento contaminado.
Epidemias podem ocorrer, principalmente em instituições fechadas que atendam crianças, sendo o grupo etário mais acometido situado entre 8 meses e 10 à 12 anos. A concentração de cloro utizada habitualmente para o tratamento da água não é suficiente para destruir os cistos de giárdia. A prevenção compreende à adoção de medidas higiênicas de controleà propagação e o tratamento consiste na administração de derivados nitromidazólicos.
A giárdia lamblia,ao aderir à parede intestinal,cria uma BARREIRA,impedindo a absorção de nutrientes.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Amebíase intestinal e extra-intestinal


Amebíase é a infecção produzida por Entamoeba histolytica. Na maioria dos casos humanos, o parasitismo por essa ameba não produz sintomatologia, sendo em geral devida a estirpes não patogênicos do parasito. Falamos então, da amebíase intestinal não-invasiva, pois os parasitos não penetram na mucosa intestinal.
Os casos sintomáticos são os de amebíase intestinal invasiva, que apresenta grande variedade de casos clínicos e de complicações, inclusive com localizações extra-intestinais.
Em alguns casos, a E.histolytica apresenta capacidade invasiva da mucosa intestinal ,penetra nos tecidos e aí coloniza,produzindo formas trofozoítas maiores que as encontradas na cavidade intestinal. Estas amebas grandes e invasivas constituem a forma que alguns autores denominam “magna” de E.histolytica. O parasito desenvolve, então, um ciclo patogênico, alimentando-se de hemácias de células ou de fragmentos celulares. Multiplica-se nos tecidos do hospedeiro por divisão binária, mas sem produzir cistos.
O ciclo não-patogênico, na luz do intestino grosso, e o ciclo patogênico, que se realiza nos tecidos da parede intestinal do fígado ou de outros órgãos, podem ocorrer simultaneamente ou não. Entretanto, a sobrevivência do parasito, a largo prazo, depende das amebas que permanecem na luz intestinal, únicas capazes de produzir cistos, que passam de um hospedeiro a outro por transmissão direta (mãos sujas ou sodomia) ou indireta (contaminação de alimentos).

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Relação parasito-hospedeiro

       
 A interação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes, em que os parceiros (hospedeiro e parasito) estabelecem entre si relações íntimas e duradouras com certo grau de dependência metabólica é chamada parasitismo.Geralmente o hospedeiro proporciona ao parasito todos ou quase todos os nutrientes e as condições fisiológicas requeridas por este.
Um processo de adaptação recíproca, de compatibilidade ou de baixa virulência do parasitismo, asseguram a sobrevivência de ambas as espécies.O parasito só poderá seguir existindo se não destruir toda a população de seus hospedeiros ou não impedir a reprodução destes; caso contrário a espécie parasitária desapareceria. 
É comum confundir parasitismo com doença devido ao fato de que no passado tal associação ecológica sempre despertou mais interesse e melhores estudos quando produzia consequencias médicas ou veterinárias.Isso tem sido fonte de sérios problemas na interpretação científica dos fatos observados,mesmo no campo da medicina.
A patogenicidade não é caráter obrigatório dos parasitos,que podem ser inofensivos,como muitas amebas e flagelos do intestino humano,que aí habitam sem causar danos.
Entretanto,numerosas doenças são causadas por determinados parasitos,normalmente patogênicos ou por outros,ditos parasitos oportunistas,que só causam danos ao organismo em condições especiais,como por exemplo nos indivíduos com imunodeficiência de qualquer natureza.
As lesões produzidas dependem da espécie de parasito,de sua localização no organismo humano e de como este responde a sua presença.
Os parasitos são encontrados, de forma persistente, apenas onde se reúnem condições favoráveis para que se feche seu ciclo biológico e sua transmissão.