sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Amebíase intestinal e extra-intestinal


Amebíase é a infecção produzida por Entamoeba histolytica. Na maioria dos casos humanos, o parasitismo por essa ameba não produz sintomatologia, sendo em geral devida a estirpes não patogênicos do parasito. Falamos então, da amebíase intestinal não-invasiva, pois os parasitos não penetram na mucosa intestinal.
Os casos sintomáticos são os de amebíase intestinal invasiva, que apresenta grande variedade de casos clínicos e de complicações, inclusive com localizações extra-intestinais.
Em alguns casos, a E.histolytica apresenta capacidade invasiva da mucosa intestinal ,penetra nos tecidos e aí coloniza,produzindo formas trofozoítas maiores que as encontradas na cavidade intestinal. Estas amebas grandes e invasivas constituem a forma que alguns autores denominam “magna” de E.histolytica. O parasito desenvolve, então, um ciclo patogênico, alimentando-se de hemácias de células ou de fragmentos celulares. Multiplica-se nos tecidos do hospedeiro por divisão binária, mas sem produzir cistos.
O ciclo não-patogênico, na luz do intestino grosso, e o ciclo patogênico, que se realiza nos tecidos da parede intestinal do fígado ou de outros órgãos, podem ocorrer simultaneamente ou não. Entretanto, a sobrevivência do parasito, a largo prazo, depende das amebas que permanecem na luz intestinal, únicas capazes de produzir cistos, que passam de um hospedeiro a outro por transmissão direta (mãos sujas ou sodomia) ou indireta (contaminação de alimentos).

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Relação parasito-hospedeiro

       
 A interação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes, em que os parceiros (hospedeiro e parasito) estabelecem entre si relações íntimas e duradouras com certo grau de dependência metabólica é chamada parasitismo.Geralmente o hospedeiro proporciona ao parasito todos ou quase todos os nutrientes e as condições fisiológicas requeridas por este.
Um processo de adaptação recíproca, de compatibilidade ou de baixa virulência do parasitismo, asseguram a sobrevivência de ambas as espécies.O parasito só poderá seguir existindo se não destruir toda a população de seus hospedeiros ou não impedir a reprodução destes; caso contrário a espécie parasitária desapareceria. 
É comum confundir parasitismo com doença devido ao fato de que no passado tal associação ecológica sempre despertou mais interesse e melhores estudos quando produzia consequencias médicas ou veterinárias.Isso tem sido fonte de sérios problemas na interpretação científica dos fatos observados,mesmo no campo da medicina.
A patogenicidade não é caráter obrigatório dos parasitos,que podem ser inofensivos,como muitas amebas e flagelos do intestino humano,que aí habitam sem causar danos.
Entretanto,numerosas doenças são causadas por determinados parasitos,normalmente patogênicos ou por outros,ditos parasitos oportunistas,que só causam danos ao organismo em condições especiais,como por exemplo nos indivíduos com imunodeficiência de qualquer natureza.
As lesões produzidas dependem da espécie de parasito,de sua localização no organismo humano e de como este responde a sua presença.
Os parasitos são encontrados, de forma persistente, apenas onde se reúnem condições favoráveis para que se feche seu ciclo biológico e sua transmissão.